Qual é o objectivo da Sexualidade?

 Qual é o objectivo da Sexualidade?


     A sexualidade existe com um propósito, uma finalidade. Ser sexualmente saudável é desempenhar as funções sexuais como programadas naturalmente nos órgãos sexuais. Cada órgão tem sua função específica. Mas o desempenho deles pode ser atrapalhado por distúrbios dietéticos, psicológicos ou hormonais. Muitos factores são determinantes na prossecução eficaz da sexualidade. Existem apenas dois géneros sexuais para as plantas, animais e humanos: masculino e femenino. 

     O sistema reprodutor, com todos os órgãos associados a ele, permitem a procriação da espécie. Embora com o mesmo objectivo, os órgãos sexuais da mulher e do homem são diferentes um do outro. Esta diferença existe principalmente para permitir a adequação dos dois géneros, a fim de que exista uma simbiose para que se encaixem um no outro. 

     Gostaria de parafrasear a Doutora especializada em Endocrinologia, Terapêuta Familiar e Psicanálise, Valéria Peixoto Meira, para explicar as funções anatómicas e fisiológicas da sexualidade de ambos os géneros: 

     O homem possui o pénis em cuja extremindada está a glande coberta pelo prepúcio e em seu interior está a uretra, canal por onde passam a urina e o sémen. O prepúcio acumula uma substância chamada esmegma, que não permite a eficaz limpeza da glande e provoca o câncer do pénis. Por isso deve ser eliminado no processo denominado pelos judeus por “circuncisão”. Ele possui também os testículos, que são dois corpos cavernosos que, na fase fetal, localizam-se no abdómen. Mas após o parto descem, para que as elevadas temperaturas desta zona não destruam os espermatozóides. Encontramos nos testículos os canais seminíferos (zona de produção dos espermatozóides). Nas células de Leydig são sintetizadas a progesterona. No acto sexual, os espermatozóides são protegidos e veiculados no sémen (líquido esbranquiçado e visciso), passam pela uretra com alcali (substância capaz de reagir com os ácidos de maneira semelhante à dos hidróxidos de sódio e de potássio). Ele também possui a próstata que o ajuda a desempenhar com êxito suas funções sexuais. Ela está situada abaixo da bexiga, na perte inicial da uretra (Valéria Peixoto Meira, Sexualidade Plena, 1ª edição, 2005, pp. 2733). 

     A próstata produz um líquido que ajuda na composição do esperma (sémen). A testosterona produzida pelo organismo masculino, a partir do início da puberdade, reduz o volume ou tamanho do corpo, espalha os pêlos nas várias partes do corpo, torna o tom de voz mais grave, aumenta o tamanho dos testículos, dá agressividade nas atitudes, aumenta a potência sexual, a fertilidade e a virilidade. 

     A mulher possui a vulva, que é a parte externa do aparelho genital da femenino. Ela é composta por pequenos e grandes lábios, clítores (ajuda a mulher a ter orgasmo) e vestíbulo vaginário (nela encontra-se o hímen, uma membrana que, na mulher virgem, cobre parcialmente a vagina, protegendo-a de elementos externos, enquanto a estrutura hormonal não desempenham ainda de maneira eficaz a sua função.    

     A partir da puberdade as hormonas desenvolvem-se e a mulher começa apresentar pêlos (nas zonas erógenas e nas axilas) finos e lisos inicialmente, mas depois tornam-se encapelados ou crespos. As mamas desenvolvem-se e a vagina produz um líquido viscoso semelhante ao muco das narinas e transparente como a clara do ovo. No interior, ela apresenta as peredes vaginais, o útero (no seu interior se forma uma camada de vasos sanguíneos que ajudam na recepção do óvulo fecundado; e se não há fecundação, ele descama em forma de fluxo menstrual). No meio da menstruação, na ovulação, o óvulo amadurecido sai do ovário e vai para as fímbrias ou orlas de uma das trompas para se unir ao espermatozóide e realizar a fecundação no útero. A quantidade de óvulos fecundados determina a quantidade de filhotes que se desenvolverão. 

     A mulher produz uma hormona que ajuda na lubrificação da vagina, no crescimento dos seios, no desenvolvimentos dos pêlos e na distribuição de um tecido gorduroso que configura o corpo femenino com curvas serpenteadas, ou como é denominado geralmente, “corpo de viola”. A progesterona também ajuda nestas funções. As duas hormonas são produzidas nos ovários e supra-renais, e controlados por hormonas da hipófise. 

     Durante e após o parto ela produz a prolactina (hormona que protege a mucosa do útero na gestação e ajuda na produção de leite para a amamentação). Por volta dos 35 anos de idade, ela reduz gradualmente a produção de estradiol e progesterona (climatério), até que, na quinta década de vida, ela entra na menopausa e pára de menstruar definitivamente.  O homem não apresenta a menopausa, mas também na quinta década de vida, ele começa a apresentar péssimo desempenho sexual por causa da diminuição na produção de hormonoas como a testosterona. Mas não há um momento específico em que o homem se torna improdutivo. 

     A Doutora Meira menciona algumas das causas do baixo nível de desempenho sexual nesta fase: “Algumas mulheres, especialmente as que não têm o hábito de fazer exercícios físicos, não se alimentam adequadamente, as que fumam ou usam bebidas alcoólicas e as que têm altos níveis de estresse, nessa fase se tornam altamente susceptíveis à osteoporose (descalcificação óssea), ondas de calor e frio, irritabilidade nervosa, rugas, diminuição de pêlos sexuais e da lubrificação vaginal (o que pode tornar doloroso o acto sexual) e diminuição da libido (desejo sexual)”. A respeito dos homens ela diz: “Sua performance dependerá de seu estilo de vida. Homens que têm alimentação balanceada, bom nível de actividade física, bom controle do estresse e não fumam nem usam outras drogas, podem manter-se activos sexualmente por toda a vida”. 

     Não transformarei isso em um seminário de saúde, mas veja esses dados importantes: “(…) À medida que nossos parentes envelhecem e finalmente descansam, começamos a ver que os hábitos de saúde de uma vida inteira resultam em um envelhecimento com vitalidade ou em decrepitude precoce. O que uma vez pensávamos que fossem doenças da velhice ou da génetica passa a ser visto como mais dependente do estilo de vida. O factor estilo de vida nos Estados Unidos, por exemplo, que tem causado o maior número de mortes, é tanto surpeendente quanto revelador. O relatório “The Stete of U.S. Health, 19902010 Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors” [A Condição de Saúde nos EUA, 1990-2010 Peso de Doenças, Lesões e Factores de Riscos] lista dezessete factores de risco relacionados à morte e à incapacidade. “Verifica-se que há um factor de risco específico no topo dos gráficos, tanto para a morte quanto para a incapacidade. Permita que isso entre em sua mente por um instante. O factor de risco relacionado ao maior número de mortes nos Estados Unidos (EUA) e à maior quantidade de anos perdidos por causa da invalidez é o mesmo. Algum pelpite? Pode-se pensar que o factor de risco número um tenha sido o álcool, o excesso de pesso ou a inactividade. Bons palpites, mas errados. O factor de risco número um é o que colocamos em nossa boca todos os dias: é acomida que comemos. Não se deixe enganar por alimento rotulados como „orgânicos‟, „veganos‟, „sem glúten‟, „vegetarianos‟, „naturais‟, etc. Há agora um consenso entre vários profissionais de saúde de que uma dieta que consiste principalmente em alimentos vegetais, integrais não refinados, como grãos, feijões, frutas e verduras, reduz substancialmente o risco de inúmeras doenças comuns. Estudiosos em saúde preventiva, como Caldwell B. Esselstyn Jr., T. Colin Campbell, Dean Ornist e John A. McDoughall, estão de acordo com a avaliação acima sobre o papel da dieta na saúde. Neal Barnard e Michael Greger também são recentes defensores dessa mesma posição. Cada um desses homens possui graduação em medicina ou doutorado em nutrição. (…). “Muitas vezes, não gostamos que os outros nos digam o que devemos comer. O ditado da moda é: „Prefiro comer o que quero e morrer feliz.‟ Mas aqueles que comem „o que querem‟, ignorando uma dieta saudável, geralmente não morrem felizes. Em vez disso, morrem de doenças debilitantes e que se arrastam por muito tempo, ou de morte súbita e prematura, como mostra o relatório dos EUA. É claro que, às vezes, a doença e a morte estão completamente fora do nosso controle. Mas, como o Dr. Kim Williams, presidente do American College of Cardiology [Colégio Americano de Cardiologia], uma pessoa que se abstém de todos os produtos de origem animal, explica: „Não me importo de morrer; só não quero que seja por minha culpa‟ (Jason Kelly, „Hael Thyself‟, Rvista da Universidade de Chicago. Disponível em: http://mag.uchicago.edu/science-medicine/haelthyself).” (Claudio e Pamela Consuegra, Lição da Escola Sabatina Estações da Família, 2º trimestre de 2019, pp. 39, 40).

     Então, podemos compreender que o estilo de vida que um homem ou uma mulher tiver em sua infância. juventude e vida adulta será determinante para o tipo de aposentadoria que apresentará na terceira idade. Até o desempenho sexual pode ser prejudicado ou fortalecido pelo estilo de vida, especialemte o tipo de alimento que ingerimos.  

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