Pecado na Visão Filosófica
Sócrates definia o pecado como ignorância. Ou seja, a pessoa peca porque ignora o (ou não tem o conhecimento do) correcto. Assim, o pecado simplesmente não existe.
O erro do paganismo é que basea-se sempre em medidas humanas. Antes de ser contra qualquer outra pessoa, o pecado é contra Deus. Quando matamos ou roubamos o próximo, primeiro afrontamos os princípios divinos em nosso coração.
O pecado não é a ignorância socrâtica, mas uma posição. Ao pecar, o homem rejeita os princípios divinos e escolhe viver sob as norma de sua corrupta consciência.
O pecado é mais que a simples rebelião contra Deus e os Seus princípios, é a ausência do Deus da perfeição em nosso coração. A distância a que estamos da perfeição é o nosso pecado.
Naturalmente o homem é ignorante das normas divinas, não porque não as saiba, mas porque não as quer conhecer. É exactamente isso que é o pecado: não querer conhecer e conformar-se com as normas de Deus.
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Duas pessoas podem fazer o mesmo acto e um deles pecar e outro acertar. A morte de alguém é um acto de justiça quando por ordem divina, mas um homicídio quando originado do nosso coração. Duas pessoas podem fazer acções diferentes e contrárias entre si, mas estarem certos, quando o paradoxo é divinal: Noé ficou 120 anos em um só lugar enquanto Abraão vagueou sem saber por onde ia; José teve que sair de Canaã para habitar no Egipto enquanto Moisés teve que sair do Egipto para Canaã.
Pecado é a ausência de Deus no coração e na vida. Por isso, visto estarmos tão familiarizados com o pecado, todas as definições humanas de pecado constituirão justificativas para ele. Apenas Deus pode definir o pecado e o fez nas Escrituras.
Fabio de Sousa Candido
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